Nossa História
Explore os momentos marcantes do Campinense Clube ao longo dos anos.
Explore os momentos marcantes do Campinense Clube ao longo dos anos.
O Campinense Clube foi fundado em 12 de abril de 1915, na cidade de
Campina Grande, Paraíba, como uma associação social e recreativa. O clube surgiu
da união de jovens entusiastas que desejavam criar um espaço de confraternização
e lazer para a sociedade campinense. O nome "Campinense" foi escolhido em
homenagem aos cidadãos de Campina Grande, refletindo o forte vínculo do clube
com a cidade desde o seu início.
Durante os primeiros anos, o Campinense Clube se destacou como uma
agremiação voltada para atividades sociais, culturais e esportivas, como bailes e
encontros sociais, que eram um marco da elite local.
Em 1954, o Campinense Clube decidiu expandir suas atividades e ingressar
no futebol, um esporte que começava a ganhar popularidade em todo o Brasil. Essa
mudança marcou o início de uma nova era para o clube. A equipe de futebol foi
formada, e em pouco tempo, o Campinense começou a se destacar nas
competições regionais.
A estreia oficial do time de futebol em competições estaduais foi em 1958, e
em apenas dois anos, o clube conquistou seu primeiro título no Campeonato
Paraibano, em 1960. Essa conquista não apenas confirmou o sucesso da transição
para o futebol, mas também estabeleceu o Campinense como uma força
emergente no cenário esportivo da Paraíba.
As décadas de 1960 e 1970 são lembradas como o período mais glorioso da
história do Campinense Clube, uma verdadeira Era de Ouro que marcou para
sempre o futebol paraibano e nordestino. Foi nesse período que a Raposa
consolidou seu nome como uma potência do esporte, acumulando títulos e
conquistando corações.
Tudo começou em 1960, quando o Campinense entrou de maneira
avassaladora no Campeonato Paraibano. O time, que havia se profissionalizado
apenas alguns anos antes, não se contentou em apenas participar: ele dominou.
Com um desempenho impecável, a Raposa conquistou seu primeiro título estadual
de forma invicta, vencendo todas as suas partidas e marcando 28 gols em 14 jogos,
enquanto sofreu apenas 8. A primeira taça não veio sem desafios, mas o
Campinense superou cada obstáculo, incluindo uma vitória por W.O. na final contra
o Botafogo-PB, que havia escalado jogadores irregulares.
Essa conquista abriu as portas para uma sequência de vitórias históricas.
Entre 1960 e 1965, o Campinense ergueu o troféu do Campeonato Paraibano seis
vezes consecutivas, um feito que o consagrou como o "Hexacampeão Paraibano".
Esse domínio absoluto no estado fez do Campinense uma verdadeira máquina de
vencer, temida por seus adversários e idolatrada por seus torcedores.
Mas o brilho do Campinense não se restringiu apenas à Paraíba. Nas edições
de 1961 e 1962 da Taça Brasil, o precursor do Campeonato Brasileiro, o clube
enfrentou e superou grandes desafios, alcançando as semifinais e se destacando
entre as melhores equipes do país. Em 1962, a Raposa eliminou o CRB com uma
goleada histórica de 6x0 em Alagoas, antes de enfrentar o poderoso Bahia, excampeão brasileiro. Em uma série dramática, o Campinense venceu o Bahia em
Campina Grande por 2x0, quebrando a invencibilidade de 52 jogos do time baiano,
e garantiu o direito de disputar a final da Fase Nordeste da Taça Brasil.
Embora a final contra o Sport tenha terminado em um empate na
prorrogação e uma derrota nos pênaltis, a campanha do Campinense na Taça Brasil
consolidou sua reputação como um gigante do futebol nordestino. Esse período
também ficou marcado pela expansão da influência do clube, que viu sua torcida
crescer exponencialmente, impulsionada pelas transmissões de rádio e pela
popularização dos eventos promovidos no Estádio Plínio Lemos.
Nos anos seguintes, o Campinense continuou a acumular títulos e
honrarias. Em 1967, reconquistou o Campeonato Paraibano, mais uma vez
superando seu maior rival, o Treze. Em 1970, mesmo diante de dificuldades com a
Federação Paraibana de Futebol, o clube mostrou sua força ao vencer o Torneio
Dagoberto Pimentel, popularmente conhecido como "Torneio Mistão-70".
Esses anos de glória não foram apenas sobre as vitórias em campo, mas
também sobre o crescimento e a solidificação da identidade do Campinense como
um clube vitorioso, com uma torcida apaixonada e uma história rica que continua
a inspirar novas gerações. A Era de Ouro do Campinense é um legado de excelência
que até hoje ressoa nas arquibancadas, nos gramados e nos corações dos amantes
do futebol.
As décadas de 1971 a 2002 foram marcadas por uma mistura de glórias
inesquecíveis e desafios que testaram a força e a resiliência do Campinense Clube.
Nesse período, a Raposa se consolidou como uma das maiores potências do
futebol paraibano, alcançando vitórias memoráveis, mas também enfrentando
obstáculos que exigiram determinação e paixão inabaláveis de seus jogadores e
torcedores.
O Domínio Estadual e a Ascensão Nacional
Entre 1971 e 1974, o Campinense viveu momentos de intensa glória,
começando com o domínio absoluto no Campeonato Paraibano. Em 1971, a
Raposa conquistou o título estadual em uma final eletrizante contra o Botafogo-PB,
vencendo por 2x0 no jogo decisivo. Esse título abriu as portas para a primeira
participação do clube na Série B do Campeonato Brasileiro, onde, apesar de uma
campanha modesta, o Campinense deu seus primeiros passos no cenário
nacional.
O ano de 1972 trouxe ainda mais brilho para o Campinense. O clube sagrouse bicampeão paraibano ao superar Treze e Botafogo-PB no triangular final, e fez
história na Série B ao chegar à grande final, disputada contra o Sampaio Corrêa. Em
um jogo tenso e dramático, a Raposa esteve muito perto do título, mas acabou
ficando com o vice-campeonato após uma disputa acirrada nos pênaltis. Mesmo
assim, o Campinense foi o time que mais pontuou na competição e teve o melhor
ataque, destacando-se como uma das grandes forças do futebol brasileiro naquele
ano.
Os anos seguintes trouxeram mais conquistas. Em 1973 e 1974, o
Campinense continuou a sua sequência vitoriosa, vencendo o Campeonato
Paraibano e se estabelecendo como a equipe dominante no estado. O
tetracampeonato em 1974 teve um gosto especial, com a Raposa derrotando o
maior rival, o Treze, em pleno Presidente Vargas, diante de uma das maiores
invasões de torcedores já vistas naquele estádio.
Desafios e Superação: A Busca por Novas Conquistas
No entanto, nem tudo foi fácil. Em 1975, apesar de uma campanha difícil na
Série A do Campeonato Brasileiro, o clube demonstrou a força de sua torcida, com
médias de público que eram invejadas por muitos. Foi também nesse ano que o
Campinense inaugurou o Estádio Amigão, um novo templo do futebol paraibano,
com um emocionante empate sem gols contra o Botafogo-RJ.
Após alguns anos de dificuldades, o final da década de 1970 trouxe novos
triunfos. Em 1979, o Campinense reconquistou o título estadual e, mais uma vez,
brilhou no cenário nacional. A campanha na Série A daquele ano foi notável, com a
Raposa se destacando como a melhor defesa do campeonato, sofrendo em média
apenas 0,5 gols por partida. A luta pela vaga na fase final foi intensa, e o
Campinense só foi eliminado na última rodada, em uma batalha acirrada contra o
Atlético Mineiro. O clube terminou em 24º lugar entre 94 equipes, uma façanha
impressionante que colocou o Campinense entre as maiores forças do futebol
brasileiro.
Em 1980, o Campinense coroou esse período de sucesso com o
bicampeonato paraibano, vencendo o Botafogo-PB na final. A vitória por 2x0 no
segundo jogo foi o ápice de uma temporada que reafirmou o clube como uma
potência no futebol nordestino.
Dificuldades Financeiras e a Paixão da Torcida
Os anos de 1981 a 1990 foram extremamente difíceis para o Campinense
Clube. A década foi marcada por um longo jejum de títulos, um período desafiador
em que o clube enfrentou adversidades tanto dentro quanto fora de campo. As
dificuldades financeiras impactaram o desempenho da equipe, mas, apesar dos
tempos duros, a paixão inabalável da torcida manteve viva a chama da Raposa.
Mesmo sem conquistas durante essa década complicada, o Campinense
nunca deixou de lutar. A força da torcida, fiel e apaixonada, transformou o clube em
uma verdadeira instituição do futebol paraibano, mantendo-o como um dos mais
queridos e respeitados do estado.
Essa resiliência foi finalmente recompensada em 1991, quando o
Campinense quebrou o jejum e conquistou o Campeonato Paraibano, trazendo um
novo ânimo para a equipe e seus torcedores. Dois anos depois, em 1993, a Raposa
voltou a brilhar, conquistando mais um título estadual e reafirmando sua tradição
de vitórias.
Embora o Campinense tenha enfrentado uma série de desafios, as glórias
conquistadas nas décadas de 1960 e 1970, juntamente com os títulos de 1991 e
1993, solidificaram sua posição como uma das maiores forças do futebol
nordestino. A Raposa resistiu aos tempos difíceis e, impulsionada por sua torcida e
por sua rica história, continuou a ser um símbolo de perseverança e paixão no
futebol.
Em 2003, sob a liderança de Carlos Lyra e com o apoio da Construtora São
Mateus, o Campinense começou a escrever um novo capítulo. Mesmo após um
jejum de 10 anos sem títulos, a torcida rubro-negra permaneceu fiel, e a paixão pelo
clube continuou a crescer.
Na Série C, o Campinense enfrentou adversários fortes e, após uma
campanha emocionante, chegou à fase final. Em um Amigão lotado com 40 mil
torcedores, a Raposa lutou bravamente, mas terminou a competição em quarto
lugar, ficando a apenas um passo do acesso.
Determinado a acabar com o jejum de títulos, o Campinense entrou em 2004
com tudo. Na final do Campeonato Paraibano, em dois confrontos épicos contra o
Treze, a Raposa conquistou o título estadual. A vitória por 2x1 no primeiro jogo e o
empate por 2x2 na grande decisão encerraram uma década de espera, devolvendo
a glória ao rubro-negro e celebrando o espírito inquebrantável de sua torcida.
Em 2008, o Campinense Clube escreveu mais um capítulo memorável de
sua história. Sob o comando do técnico Freitas Nascimento e com reforços
decisivos, a Raposa voltou ao topo do futebol paraibano. Após perder o primeiro
turno para o Treze, o Campinense se recuperou com garra, vencendo o segundo
turno contra o Sousa e avançando para a final contra seu maior rival.
No dia 11 de maio, o Campinense deu um show, goleando o Treze por 3x0 no
primeiro jogo da final, com gols de Fábio Júnior, Washington e Almir. A grande
decisão, em 18 de maio, foi uma festa rubro-negra: com um placar de 2x0 e gols de
Marquinhos Marabá, diante de 21.745 torcedores, o Campinense levantou o troféu
e se consagrou campeão paraibano.
Mas a temporada reservava algo ainda maior. Na Série C do Campeonato
Brasileiro, o Campinense avançou com determinação, superando desafios como a
vitória épica sobre o Santa Cruz no Arruda, rebaixando o tradicional clube
pernambucano para a Série D. Apesar de um tropeço inicial na terceira fase, com
uma derrota por 5x1 para o ASA em casa, a Raposa se recuperou com uma vitória
crucial por 1x0 sobre o mesmo ASA, garantindo sua vaga na fase final.
O jogo do acesso foi uma verdadeira batalha. Após um empate sem gols
contra o Guarani-SP, tudo se decidiu na última rodada, em Goiás. O Campinense
segurou o empate por 0x0 contra o Atlético Goianiense e, com isso, garantiu seu
lugar na Série B do Campeonato Brasileiro. A conquista foi celebrada com uma
festa histórica em Campina Grande, onde cerca de 100 mil torcedores receberam
os heróis rubro-negros com uma recepção digna de campeões.
O Campinense se tornou o primeiro e único clube do estado a conquistar o
acesso à Série B, marcando 2008 como um ano inesquecível para a Raposa e sua
apaixonada torcida.
Em 2009, o Campinense Clube retornou à Série B do Campeonato Brasileiro
após 17 anos, carregando as esperanças de toda a Paraíba. A preparação para a
competição envolveu uma reformulação significativa no elenco, com Ferdinando
Teixeira assumindo o comando técnico. Embora o cenário fosse desafiador, a
Raposa mostrou sua garra e proporcionou momentos inesquecíveis para sua
torcida.
O início foi difícil, com uma série de derrotas, mas o Campinense reagiu na
quinta rodada, conquistando sua primeira vitória sobre o Atlético Goianiense por
2x1. No decorrer do primeiro turno, a equipe somou 14 pontos, com destaques para
as vitórias em casa contra o Juventude e o Figueirense, que mantiveram viva a
esperança dos torcedores.
Foi no segundo turno que o Campinense realmente brilhou, somando 22
pontos e vivendo sua melhor fase na competição. A equipe emplacou uma
sequência invicta de cinco jogos, incluindo uma vitória histórica por 2x1 sobre o
ABC fora de casa e uma goleada por 4x1 sobre o Duque de Caxias. A Raposa
também fez uma de suas melhores partidas ao golear o Ipatinga por 5x1 na 23ª
rodada, com uma atuação destacada de Edmundo.
Mesmo com a batalha árdua, o Campinense não conseguiu evitar o
rebaixamento, que foi confirmado na 35ª rodada contra o Vasco. No entanto, a
equipe lutou até o fim, vencendo o ABC por 3x1 e empatando com a Portuguesa
para evitar a lanterna da competição.
A campanha de 2009 terminou com 36 pontos, 11 vitórias e momentos que
ficarão na memória da torcida. Apesar dos desafios, o Campinense mostrou sua
resiliência e deixou sua marca na Série B, provando que, mesmo nas dificuldades,
a Raposa nunca perde sua garra e paixão pelo futebol.
Em 2012, o Campinense Clube escreveu mais um capítulo glorioso em sua
história ao conquistar o título estadual de forma avassaladora. Com a contratação
do ídolo Warley, que trocou o arquirrival para se tornar o artilheiro do campeonato
com impressionantes 22 gols, a Raposa entrou no Campeonato Paraibano
determinada a retomar seu lugar de destaque.
Na final, o Campinense enfrentou o Sousa com confiança e determinação.
Após um empate fora de casa por 1x1, a Raposa mostrou sua força no Estádio
Amigão, goleando o adversário por 4x0 em um jogo memorável. Com gols de
Adriano Felício, Marquinhos Marabá, Sidnei e Breno, o Campinense ergueu a taça,
celebrando mais uma conquista diante de sua apaixonada torcida.
O título estadual de 2012 não apenas reafirmou a supremacia do
Campinense no futebol paraibano, mas também revitalizou a confiança do clube e
de seus torcedores, mostrando que a Raposa sempre se levanta mais forte em
busca da vitória.
Um dos momentos mais marcantes da história recente do Campinense foi a
conquista da Copa do Nordeste em 2013. Sob o comando do técnico cearense
Oliveira Canindé, o Campinense fez uma campanha histórica, superando
adversários poderosos e conquistando o título de forma invicta. Foram 12 jogos,
com sete vitórias, três empates e apenas duas derrotas ao longo da campanha,
resultando em um impressionante aproveitamento de 66,7%. O time marcou 17
gols e sofreu 10, demonstrando uma defesa sólida e um ataque eficiente.
Na primeira fase, o Campinense enfrentou Feirense, CRB e Santa Cruz no
Grupo D. A Raposa se classificou em segundo lugar, atrás apenas do Santa Cruz,
com uma campanha de quatro vitórias, um empate e uma derrota em seis jogos.
Nas quartas de final, o Campinense teve que encarar o Sport, um dos favoritos ao
título. Superando todas as expectativas, a Raposa eliminou o Sport e seguiu para as
semifinais.
Nas semifinais, o Campinense enfrentou o Fortaleza. Na primeira partida,
realizada na recém-inaugurada Arena Castelão, o Fortaleza venceu por 2 a 1,
colocando o Campinense em uma posição difícil para o jogo de volta. Porém, no
Estádio Amigão, o Campinense conseguiu reverter a situação com uma vitória por
1 a 0, o que garantiu a classificação para a final devido ao gol marcado fora de casa.
Na grande final, o Campinense enfrentou o ASA de Arapiraca. Em um Estádio
Amigão lotado, com um público de 19.650 pagantes, o time paraibano venceu por
2 a 0, com gols que coroaram uma campanha brilhante. O zagueiro e capitão
Roberto Dias ergueu a taça, eternizando o Campinense na história do futebol
nordestino.
Essa conquista não apenas trouxe orgulho aos torcedores, mas também
reafirmou a força do Campinense no cenário nacional, marcando o clube como o
principal representante do futebol paraibano.
Em 2016, o Campinense voltou a demonstrar sua força ao chegar novamente
à final da Copa do Nordeste. Embora não tenha repetido o feito de 2013, a Raposa
fez uma campanha memorável, terminando como vice-campeã. Esse vicecampeonato consolidou ainda mais o Campinense como um dos grandes clubes
do Nordeste, mantendo sua tradição de lutar por títulos em todas as competições
que disputa.
Centenário de Glórias e o Bicampeonato Paraibano – 2014/2015
O ano de 2014 foi desafiador para o Campinense, mas mesmo com
dificuldades, a Raposa garantiu o vice-campeonato paraibano, assegurando vagas
na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil de 2015. Na Série D, o desempenho ficou
aquém das expectativas, com uma eliminação precoce na fase de grupos.
Em 2015, o Campinense celebrou seu centenário com grande estilo. Além
de várias comemorações e eventos especiais, o clube conquistou três taças: o
Campeonato Paraibano, o Troféu Jornalista Joacir Oliveira, e a Taça
Sesquicentenário de Campina Grande. O jogo comemorativo do centenário, uma
vitória por 2x1 sobre o Lucena, no Estádio Amigão, coroou um ano histórico para o
clube e sua torcida. Com 23 vitórias ao longo da temporada e uma média de público
de 5.692 torcedores, o Campinense celebrou seus 100 anos com orgulho e glórias.
Em 2016, o Campinense alcançou o bicampeonato paraibano, um feito que
não ocorria desde 1980. Mas o grande destaque foi a campanha histórica na Copa
do Nordeste, onde a Raposa ficou invicta na fase de grupos e eliminou adversários
poderosos como Salgueiro e Sport, chegando à final contra o Santa Cruz. Embora
tenha terminado com o vice-campeonato, a campanha consolidou o Campinense
como uma força respeitada na competição.
Apesar do revés na Série D, onde foi eliminado nas oitavas de final pelo
Itabaiana, o período de 2014 a 2016 ficará marcado como um dos mais gloriosos da
história recente do Campinense, com títulos, celebrações e o reforço do seu legado
centenário no futebol nordestino.
O ano de 2021 começou sob uma nuvem de desconfiança para o
Campinense Clube. Após uma temporada decepcionante em 2020, o time apostou
em um elenco e técnico desconhecidos, e as expectativas eram baixas. A
desconfiança parecia se confirmar logo no primeiro jogo oficial do ano, quando a
Raposa sofreu uma das piores derrotas de sua história: uma goleada de 7x1 para o
Bahia, em pleno Estádio Amigão. No início do Campeonato Paraibano, mais uma
derrota levou à demissão do técnico Éderson Araújo.
Foi então que o destino do Campinense começou a mudar. A chegada do
treinador Ranielle Ribeiro e do goleiro Mauro Iguatu trouxe uma nova energia à
equipe. Com eles, o time encontrou seu ritmo, e o que parecia impossível se tornou
realidade: a conquista do 22º título paraibano, em uma reviravolta digna de sua
história.
Na Série D, o Campinense manteve boa parte do elenco e continuou sua
trajetória de superação. Classificou-se entre os quatro primeiros na primeira fase e,
nas fases seguintes, eliminou o Sergipe em dois jogos épicos, com o goleiro Mauro
Iguatu se destacando nas disputas de pênaltis. Em seguida, mais batalhas contra o
Guarani de Sobral e o América-RN culminaram em emocionantes disputas de
pênaltis, onde Mauro novamente brilhou, garantindo o acesso à Série C após 10
anos.
Embora o Campinense tenha ficado com o vice-campeonato brasileiro ao
ser derrotado pela Aparecidense de Goiás na final, a temporada de 2021 será
lembrada como uma das mais memoráveis da história do clube. Foi um ano que
marcou o ressurgimento da Raposa, provando sua capacidade de superação e
reforçando sua fama de "time de chegada". Em 2021, o Campinense renasceu
como uma verdadeira Fênix rubro-negra, mostrando ao mundo que nunca se deve
duvidar do poder de um gigante adormecido.
Em 2022, o Campinense Clube voltou a brilhar intensamente nos gramados
ao conquistar o Campeonato Paraibano de forma invicta, em uma campanha que
entrou para a história. Com uma sequência de vitórias que empolgou a torcida, a
Raposa mostrou sua força e resiliência, atropelando seus adversários e deixando
claro que sua tradição de glórias permanece inabalável.
Cada partida foi um passo firme rumo à consagração, e o Campinense não
apenas venceu, mas dominou, mostrando o verdadeiro espírito de um campeão.
Essa conquista não foi apenas um título, foi uma demonstração de poder, um aviso
ao futebol paraibano de que a Raposa continua imponente e pronta para novos
desafios.
A campanha invicta de 2022 não só reafirmou a grandeza do Campinense,
mas também imortalizou esse elenco na rica história do clube. Com a paixão de sua
torcida como combustível, a Raposa se consagrou mais uma vez, mostrando que
sua fome por vitórias nunca diminui. Este título invicto será lembrado como um
marco de excelência e orgulho para todos que vestem o manto rubro-negro.
A Identidade Rubro-Negra
O Campinense Clube é conhecido por suas cores tradicionais, o vermelho e
o preto, que simbolizam a garra e a paixão do clube. O escudo do Campinense é um
dos mais reconhecidos no futebol nordestino, representando a força e a história da
Raposa.
A torcida do Campinense, carinhosamente chamada de "Nação RubroNegra", é um capítulo à parte na história do clube. Apaixonada e fiel, a torcida tem
sido um pilar fundamental na trajetória do Campinense, apoiando o clube em todos
os momentos, tanto nas vitórias quanto nas dificuldades.
Ao longo de sua história, o Campinense Clube acumulou um total de 23
títulos do Campeonato Paraibano, consolidando sua posição como um dos
maiores vencedores da competição. Cada conquista reflete o esforço, a dedicação
e a paixão que marcam a trajetória do clube e sua conexão com os torcedores.
1960 - Primeiro título estadual.
1961 - Campinense venceu o Treze pela primeira vez em uma competição
estadual, quebrando a sequência de empates e vitórias do rival.
1962 - Tricampeonato conquistado em um emocionante jogo final contra o
Treze, com direito a defesa de pênalti nos minutos finais.
1963 - Primeiro título conquistado com imagens exibidas na recéminaugurada TV Borborema.
1964 - Tetracampeonato conquistado durante as comemorações do
centenário de Campina Grande.
1965 - Conquista do hexacampeonato estadual, um feito inédito no futebol
paraibano.
1961 - Retorno triunfante ao título estadual.
1971 - Primeiro clube paraibano a participar da Série B do Campeonato
Brasileiro.
1972 - Conquista do Supercampeonato Paraibano, vencendo o triangular
final contra Treze e Botafogo-PB.
1973 - Tricampeonato conquistado em cima do Treze, reforçando a
hegemonia do Campinense no estado.
1974 - Tetracampeonato com vitória histórica sobre o Treze no Presidente
Vargas.
1975* - Título reivindicado pelo Campinense, mas não reconhecido
oficialmente pela FPF.
1979 - Título conquistado no mesmo ano em que o Campinense fez uma das
melhores campanhas defensivas no Campeonato Brasileiro.
1980 - Conquista do bicampeonato paraibano, marcando o fim de uma era
de grande sucesso.
1991 - Campinense quebra um jejum de 11 anos sem títulos estaduais.
1993 -Conquista do título que marcou o retorno do clube à sua "velha rotina"
de vitórias.
2004 - O título encerrou um jejum de 10 anos sem conquistas estaduais.
2008 - Conquista do título estadual seguida pelo histórico acesso à Série B
do Campeonato Brasileiro.
2012 - Warley se torna o artilheiro da competição e o jogador que mais
marcou gols em uma única edição do Campeonato Paraibano.
2015 - Conquista do Campeonato Paraibano durante as comemorações do
centenário do clube.
2016 - Campinense conquista o bicampeonato paraibano após 36 anos e
chega à final da Copa do Nordeste.
2021 - Conquista do 22º título paraibano, em um ano marcado pelo
ressurgimento do clube após um início difícil.
2022 -Campinense conquista o título estadual de forma invicta, reafirmando
sua supremacia no futebol paraibano.